sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Luvas de procedimento: alergia e segurança


Em tempos de especificação e quantificação de equipamentos de proteção individual para o próximo ano, algumas informações podem ajudar a avaliar as características dos materiais de que são feitas as luvas nossas de cada dia.

Um dos pontos mais críticos é a questão das alergias causadas por alguns tipos de luvas utilizadas nos procedimentos de laboratório.

Como se observa, as reações alérgicas às luvas de látex são bastante comuns. A alergia, neste caso, é causada pelo alto teor de proteínas do látex nas luvas.
Em usuários sensíveis, as proteínas residuais nas luvas podem provocar reações como eczemas ou dermatites.

O tempo de reação ou sensibilização varia entre os indivíduos, porém a freqüência ou ciclo de uso das luvas é o fator determinante.

Ao contrário do que muitos pensam, o pó utilizado nas luvas cirúrgicas ou de procedimento (amido de milho estabilizado para que não ocorra a gelatinização) é hipoalergênico.
No entanto, o pó age como um catalisador das moléculas das proteínas do látex.

Quando os trabalhadores trocam de luvas, as partículas de proteína/pó são transmitidas pelo ar e podem ser inaladas.
Neste caso, os sintomas de alergia ao látex incluem reações relativamente brandas, como olhos pruriginosos, avermelhados e lacrimejantes, espirros ou coriza e tosse. 

Seriam as luvas sintéticas, então, uma melhor solução? 
Não necessariamente. As luvas sintéticas muitas vezes não oferecem a mesma sensibilidade, conforto e segurança dos produtos de látex, além de, normalmente, serem mais caras.

Alguns estudos sobre o desempenho das luvas de vinil previamente utilizadas e descartadas indicaram índices de vazamentos entre 43 e 85%, contra 9 a 31% para as de látex.
De forma similar, a penetração de vírus indicou ser muito mais alta, de 22 a 40% nas luvas de polietileno e polivinil, contra apenas 1% de falha nas luvas de látex.

É possível, então, que luvas de látex com baixo teor de proteínas e de pó, ou sem pó, sejam, afinal, a melhor alternativa no manuseio de material biológico, considerando as questões de alergia e segurança, e esta especificação deveria ser incluída quando da aquisição deste material.

No Brasil ainda não há legislação específica que determine o teor de proteína no látex com que são fabricadas as luvas, nem a quantidade máxima de pó lubrificante, mas muitos fabricantes já incluem informações como “baixo teor de proteína e de amido”.

Fontes:
http://www.imunoalergologia.com/index.php?option=com_content&view=article&id=16Itemid=11

http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/higienizacao_oms/folha%20informativa%206.pdf

http://www.selecoes.com.br/article/429

http://www.lemgruber.com.br/alergia_latex.html 

quinta-feira, 23 de maio de 2013

1ª SIPAT- Lacen


Nesta semana, de 20 a 24 de maio, acontece a 1ª SIPAT do Lacen, promovida pela CIPA/Lacen gestão 2011-2013.
Para os cinco dias de SIPAT foram programadas 10 palestras sobre os assuntos relacionados à saúde, segurança e bem-estar considerados de maior interesse dos funcionários, como autoestima e motivação pessoal, relacionamento interpessoal no ambiente de trabalho, combate a incêndios e noções de primeiros socorros, a importância da alimentação na hipertensão arterial, preparação para a aposentadoria, entre outros.
Os funcionários têm prestigiado a SIPAT com um número expressivo de presentes em todas as palestras, participando com seus questionamentos e suas opiniões durante as apresentações.
A semana da 1ª SIPAT marca também a reabertura do auditório do Lacen, após quase dois anos de inatividade devida à reforma da área física que abrigará mais de uma dezena de setores das gerências de biologia médica e produtos e meio ambiente.

Combate a incêndio e noções de primeiros socorros 
Autoestima e Motivação Pessoal
      Palestra sobre Tabagismo    





Palestra sobre Ergonomia
Palestra sobre a Pirâmide dos Alimentos
Participantes da SIPAT



terça-feira, 5 de março de 2013

Qual o nível de segurança dos laboratórios NB-4?




Há pouco mais de dois meses, no final de dezembro de 2012, foi inaugurado em Pune, na Índia, o primeiro laboratório de Nível de Biossegurança 4 do sudeste asiático.
O laboratório do Centro de Contenção Microbiológica (MCC) de Pune passou por reformas para tornar-se um laboratório de Nivel de Biossegurança 4, NB-4, ou BSL-4, sigla em inglês.
Um laboratório NB-4, segundo as diretrizes do Center for Disease Control and Prevention (CDC) de Atlanta, Estados Unidos, é necessário para a manipulação de agentes exóticos e perigosos que representem alto risco de transmissão de infecções por aerossóis e doenças mortais a indivíduos.
Com o inicio das atividades em Pune, os cientistas desta região poderão avançar nas pesquisas de viroses como SARS, Nipah, Hanta vírus e influenza aviária.
A inauguração do laboratório em Pune, no entanto, nos remete a questionamentos publicados recentemente sobre o quão seguros de fato são os laboratórios de contenção biológica atualmente em atividade em vários continentes.
Nos Estados Unidos, os laboratórios mantidos pelo governo devem seguir diretrizes específicas para impedir que microorganismos de risco possam escapar da contenção, mas estas regras não são obrigatórias para pesquisadores que trabalham com capital privado.
Se um laboratório que recebe verbas do governo nos Estados Unidos viola as diretrizes, o CDC pode cortar o aporte de dinheiro, “mas não pode nos fechar”, diz um cientista: “não tenho muita confiança na nossa biossegurança neste momento”
Em outros países, os requisitos de segurança variam bastante, dizem os especialistas.
Questionamentos sobre biossegurança - impedir que microorganismos perigosos sejam liberados de laboratórios – e biosseguridade – impedir tentativas de elementos mal intencionados de liberar ou roubar os patógenos – são a linha de frente para as autoridades de saúde em nível mundial.
Experimentos realizados com o vírus da gripe aviária em laboratórios da Universidade de Wisconsin, EUA, e no Centro Médico Erasmus, em Rotterdam, Holanda, foram alvo de controvérsia recentemente, uma vez que estas instituições criaram, independentemente, formas mutantes destes vírus em laboratórios  NB-3 e não NB-4, como os cientistas acreditam ser necessário.
Os laboratórios de Nível de Biossegurança 3, NB-3, são instalações onde são manipulados agentes que podem causar infecções sérias e potencialmente fatais, mas com vacinas ou terapia disponíveis.
Globalmente, laboratórios NB-3 tem sido ou estão sendo construídos em Bangladesh, Indonésia, China, Brasil e México, entre outros países, segundo o Conselho Nacional de Pesquisa americano, NRC. “No entanto, vários países têm pouca ou nenhuma regulamentação” conclui o NRC.
Laboratórios NB-4 também estão proliferando. Segundo um antigo membro do Conselho de Relações Exteriores em Nova Iorque, no momento há uma corrida para a construção de instalações NB-3 e NB-4, “Ter uma instalação destas é uma marca de sofisticação nacional. Mas a propagação destes laboratórios permite a proliferação irrestrita dos microorganismos mais perigosos”, conclui.
De fato, patógenos perigosos têm escapado de laboratórios de alta segurança: entre 1978 e 1999, cerca de 1.200 pessoas adquiriram infecções em laboratórios NB-4 no mundo; 22 casos foram fatais. Desde então, trabalhadores de laboratórios morreram por Ebola e SARS, ou por síndromes respiratórias severas adquiridas.
Em 2007, ladrões tentaram roubar patógenos animais de um laboratório indonésio, segundo soube o NRC. 

Saiba mais em 

http://www.reuters.com/article/2012/02/15/us-health-biosecurity-idUSTRE81E0R420120215
 

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Biossegurança nas instituições de ensino

Enquanto nos preparamos para a próxima auditoria da Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública – CGLAB nos Lacen, que incluirá a verificação do atendimento a requisitos de Biossegurança, nos deparamos com uma matéria na web que dá a dimensão da importância das políticas de segurança em laboratórios, sejam estes de saúde, pesquisa ou ensino.

Há quatro anos, no mês de dezembro, um acidente num laboratório de química na prestigiada Universidade da Califórnia - UCLA, em Los Angeles – EUA, matou uma pessoa que havia sido contratada para trabalhar com um importante pesquisador.
Ela sofreu graves queimaduras em todo o corpo ao trabalhar com uma solução de Butilítio, uma substância muito perigosa que entra em combustão ou explode em contato com o ar. Durante o trabalho, a pessoa em questão, Sheri Sangji, de 23 anos, não usava sequer uma roupa protetora para o trabalho em laboratório.
O pesquisador supervisor do laboratório onde ocorreu o acidente enfrenta, atualmente, um processo por responsabilidade, que, no último dia 20 de novembro de 2012, incluiu um relatório técnico preparado por um investigador do estado da Califórnia. O investigador disse ter encontrado “uma desordem sistêmica em todas as práticas de segurança na UCLA”, e considerou que, se tivessem sido seguidos os procedimentos padrão requeridos para aquele trabalho, e se fosse assegurado o uso de roupas apropriadas, a morte da funcionária poderia ter sido evitada.
Outros acidentes sérios já haviam sido registrados em anos anteriores em laboratórios de universidades americanas, fazendo com que o Conselho de Segurança Química americano (US Chemical Safety Board) publicasse um comunicado recomendando a mudança na “cultura de segurança” nas instituições de ensino, onde os laboratórios estão repletos de estudantes e jovens trabalhadores. O Conselho também identificou os “feudos” formados por cada departamento da universidade, onde o Investigador Principal (P.I. em inglês) é o rei, como sendo a causa parcial deste tipo de acidentes, e recomendou que o Departamento de Saúde e Segurança Ocupacional dos Estados Unidos (US Occupational Safety and Health Administration) revisasse suas normas para laboratórios que tratam dos riscos de exposição a substâncias químicas perigosas, deixando claro que os riscos físicos também devem ser controlados.
Infelizmente, é provável que este cenário seja recorrente na maioria das instituições de ensino e pesquisa, e mesmo em laboratórios de saúde em nível mundial, o que serve para nos lembrar que as medidas preventivas (informação, treinamento, instalações adequadas, equipamentos) são a chave para a segurança.

Saiba mais aqui


e aqui 


 
O frasco de reagente que provocou o acidente de Sangji





quinta-feira, 24 de maio de 2012

Palestra com Susan Andrews




Estivemos ontem, a convite da coordenadora do Projeto Redes Humanas, Henriqueta Lucila da Silva, da Gerência de Saúde Ocupacional – GESAO (Secretaria de Estado da Administração), assistindo a palestra da Dra. Susan Andrews Os Novos Paradigmas da Saúde Integral do Corpo de Bombeiros, durante a solenidade de lançamento do Programa de Saúde Integral do Corpo de Bombeiro Militar do Estado de Santa Catarina.
Incluído no Planejamento Estratégico da Secretaria de Estado da Administração em 2005, com o objetivo de preservar a saúde e a qualidade de vida do servidor, o Programa Transforma®, criado pela Dra. Susan Andrews, do Instituto Visão Futuro, é um conjunto de estratégias para introduzir mudanças mais eficientes e conscientes nas organizações, gerando uma nova cultura de sinergia entre o indivíduo, a equipe, a instituição e a comunidade.   
O Programa Transforma® é adotado pelas instituições estaduais através da atuação de servidores multiplicadores que são capacitados dentro do Projeto Redes Humanas.
A palestra de ontem, proferida num clima muito agradável, nos animou ainda mais a participar do Programa Redes Humanas, bem possivelmente através dos membros da CIPA do LACEN.

Saiba mais sobre o Programa Transforma® em http://www.visaofuturo.org.br/trans/index2.html


quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Instalação e Posse da CIPA-Lacen

No último dia 25 de novembro aconteceu a cerimônia de instalação e posse da CIPA-Lacen, gestão 2011-2013.

Com a presença do diretor do Lacen, Gilberto Alves, a presidente da Comissão Eleitoral da CIPA-Lacen, Tânia de Lemos Furtado, deu posse aos membros indicados e eleitos, titulares e suplentes, declarando instalada a primeira CIPA do Laboratório Central.

Logo após, a presidente da CIPA recém constituída, Anelise Zanella, falou aos muitos funcionários presentes sobre os objetivos da Comissão, e lembrou aos membros empossados que a CIPA deve trabalhar para a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho em todo o âmbito do laboratório, tanto nas áreas técnicas, como nas áreas administrativas e de apoio.

Já no dia 29, houve a primeira reunião da Comissão, com a presença dos membros titulares e suplentes, quando, entre outros assuntos, falou-se do treinamento dos membros da CIPA-Lacen e do calendário de reuniões bianual.

Abaixo algumas imagens da posse e da 1ª reunião.

Posse da CIPA-Lacen

1ª Reunião

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Habemus CIPA!

Ontem, dia 31 de outubro, elegemos os representantes dos servidores para a CIPA Lacen gestão 2011-2013. Foram eleitos 4 titulares e 3 suplentes, entre os servidores mais votados.

A CIPA Lacen será composta pelos 7 eleitos e mais 7 servidores indicados pela direção do Lacen.

Vão os nomes:

Eleitos - titulares

Léa Luzia Freitas Costa

Maria Bernardete da Silva de Oliveira

Rute Clari Prestes Pra Baldi da Silveira

Lúcia Helena Goulart da Silva

Eleitos - suplentes

Ecilda Dutra

Fernanda Lautert Paiva da Silva

Criciane Aparecida de Souza

Indicados - titulares

Anelise Hermes Zanella (Presidente da CIPA)

Cleidson Valgas

Simone de Oliveira Luiz

Yvelise Regina da Costa

Indicados - suplentes

Daniele de Barros Leonetti

Elayne Cristina de Morais

Rita de Cássia Campos Bertoncini

Abaixo algumas imagens deste dia importante para o Lacen.